sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sobre ser gorda.

Todo gordinho é alegre. Todo gordinho é feliz. Ser gordinha é excesso de gostosura! Homem de verdade gosta de carne, quem gosta de osso é cachorro. Ela é gordinha MAS é muito bonita. Aquela gordinha simpática.
Você já deve ter ouvido ou falado alguma dessas frases. Tudo bem, sem julgamentos, pois eu também já falei muito. E tem que ser tudo no diminutivo, sempre que falar que é “gordinha” tem que ser sorrindo pra passar aquele ar amável, carinhoso, como “olha, tô brincando com você, não se ofenda” como se gordo fosse uma ofensa. Na verdade é o que os magros consideram. Tem até aquele “SUA GORDA!” quando querem xingar alguém, por mais que a pessoa não seja. Já ouviu alguém xingando “sua barriga de tanquinho!” não, né?

Porque ser gorda é feio pra quem está vendo, nessa nossa sociedade preconceituosa que julga pessoas pela aparência (sim, eu sei o que estou falando, trabalho vendendo beleza, olha que maravilha). A palavra “gordo” incomoda. Ninguém quer ser considerado assim, até você ser e estar ok com isso. É/era o meu caso. É e era ao mesmo tempo e eu vou explicar. Então segura que aqui não é twitter, vai rolar textão e se quiser conversar comenta aqui embaixo ;)

A minha vida toda eu fui mais gorda que magra. Mesmo criança, era considerada gorda (hoje eu olho as fotos, o que eu tinha era uma barriguinha de quem comeu um pouco mais na janta...), sofria bulling – que na época era só a famosa “zueira” que a gente mandava o amiguinho ir pro inferno e tava tudo bem. No ensino médico virei a louca da academia (porque era a Educação Física obrigatória) e emagreci bastante. Cheguei a pesar 76kg, meu recorde da magreza com meus 1.75cm. Lembro de ter um namorado na época que falava “olha, para de emagrecer, que seus ossos estão aparecendo, tá meio feio”.

Na faculdade parei de fazer exercícios e continuei comendo o mesmo de sempre e...engordei! Cheguei aos 98kg. Falando em comida, eu sempre gostei de comer. Mas comer mesmo, de repetir o prato 1 ou 2 vezes, sou viciada em leite com nescau e chocólatra, açucólatra, o que quiserem chamar. É doce, eu tô comendo, e de preferência até acabar. Sempre sofri de ansiedade, e só quem passa por isso sabe como é ruim o julgamento do “isso é só uma desculpa pra comer mais” Nunca me importei com julgamentos de “você tá gorda”, “isso é relaxo” porque eu não me via/vejo feia com meu peso, sempre esteve ótimo pra mim e eu AMO comer.

Aliás, não entendo até hoje quem diz que ama comer e come um tiquinho de comida. Você pode gostar do sabor da comida, você não ama comer. Quem ama comer quer comer mais e mais até não aguentar. (Tipo no rodízio japa, sabe?) Mas voltando...
Quando eu voltei pra SP morei num prédio que tinha academia. A academia tava ali...eu tava ali também...por que não, não é verdade? Emagreci bem! Não voltei pros 76kg, mas fui pros 85kg. (Sempre comendo tudo que eu comia...gente, dieta nunca entrou na minha vida.) Participava de um grupo de corrida, fiz novos amigos, foi sensacional. Aí me mudei e parei de correr. Resumindo, eu fazia exercício quando estava ali, “na minha mão”, fácil. É, eu sou determinada pro meu trabalho porque eu AMO o que eu faço. Não amo me cansar fisicamente, então se quiser, me julga.


E eu estava aqui, feliz e tudo mais do jeito que eu sempre fui, comendo o que eu sempre comi, sem exercícios, morando com meu namorado, arrumando o casamento e eis que comecei a pensar que logo mais quero engravidar, que já tenho 30 anos e emagrecer depois fica mais difícil (assunto polêmico, alguns estudos dizem que não tem nada a ver, outros comprovam que é sim mais difícil). Me peguei olhando pro espelho e vi que mais que isso vai começar a ficar feio. Feio pra mim, não pro mundo porque óbvio que pro mundo eu sou uma aberração de mais de 100kg. É, fui em 2 médicos, os 2 nem me pesaram, nem pediram exames, e disseram que eu preciso emagrecer 20kg e depois ir lá, mesmo eu entregando meus exames de sangue que está tudo perfeito como uma mulher de 18 anos (palavras deles, olha aí a controvérsia). Até o médico do exame pra renovar a CNH –Aline, você tem que emagrecer, hein? 30 anos, tão bonita, tá gorda por que?
Rolou aquela vontade de falar: Gordo não dirige? Ou é só magro? Foca ai no que é pra você fazer, que R$77,00 pra eu ler meia dúzia de letrinhas tá muito caro, não tira minha paciência.
Mas fiz a linha educada e disse que eu tava bem assim e ele: -Bem até você enfartar.
Sim, todo mundo tá bem até enfartar.

Voltando. Deu um prilim em mim e eu resolvi emagrecer. O Henrique já tinha dito que iria parar de fumar em 2017 e começar uma dieta, resolvi fazer o mesmo, fazer a dieta com ele e voltar a correr. E aí pensei que também tinha a opção de fazer uma cirurgia bariátrica. Não é um processo fácil, porém com o psicólogo e todo acompanhamento do médico, já que meu IMC está 39, posso conseguir essa cirurgia pelo plano! E olha que maravilha seria emagrecer mais rápido: posso engravidar depois de 18 meses depois da cirurgia! Perfeito! A educação alimentar vem junto e yes! Tudo pra realizar um sonho (veja, de ser mãe, e não de ser magra).
E aí só de pensar isso vem outros julgamentos...de que esse é o modo mais fácil, que eu sou preguiçosa, que eu não preciso disso pra emagrecer, que vou ficar muito magra e fica feio... Começam a falar do caso da fulana e do fulano que parecem um cadáver de tão magro, ou do outro que emagreceu e depois engordou tudo de novo. E aí te dá aquela preguiça do ser humano novamente.


Aconteça o que acontecer, vão te julgar. Você, gordo, tá lendo? Você sempre estará errado. Errado porque tá querendo emagrecer “por causa da imposição da beleza”, errado porque tá comendo muito, errado porque simplesmente não se importa pelo fato de ser gordo, errado por tentar x ou y atividade física que “não é pra você porque gordo fica feio fazendo esse tipo de exercício”, errado porque admite ter ansiedade, errado por apelar para uma intervenção cirúrgica pra resolver seu “problema”, errado se emagrecer e depois engordar um pouquinho que seja. Mas olha aqui no meu olho: (finge que dá) ninguém está na tua pele. Ninguém sabe o que você passa. Então mesmo que ninguém apoie o simples fato de você tomar qualquer decisão ou nenhuma, tá tudo bem. Não se limite pelo que as pessoas pensam ou o que você pensa que elas pensam. Esteja certo do que você quer. Procure a saúde, você se sentir bem. Você sabe os sinais, assim como eu sei os meus. Seja simplesmente feliz.

(Imagens desse post baixadas do google imagens)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A eterna questão do atendimento

Eu andava muito de taxi, tenho vários textos das histórias dos taxistas que já peguei e muitos já pediram pra eu editar e fazer um livro – e olha, não é uma ideia que descartei. Agora tenho usado muito o Uber, e vamos lá para as considerações.

Como todo serviço que chega chegando, novidade bombástica, uhulll we are freeeeeee, é tudo maravilhoso! Eita, que atendimento maravilhoso! Nossa, nunca vi isso na vida...até que chega o mal do encostado: a acomodação. Não tem mais ar condicionado, o carro não é tão bom como era antes, e a educação passou e mandou um beijinho no ombro e foi pra Nárnia.

Morei 10 anos em Manaus, e como me considero uma manauara, a reclamação maior de lá é o atendimento. Como publicitária – mudei de profissão mas não deixo de ser – o atendimento sempre será o fator determinante pra eu usar novamente ou não um produto ou serviço. E o que seria o básico do bom atendimento? Aquilo que não seria um diferencial e sim uma obrigação? BOM DIA, OBRIGADA, POIS NÃO?!

Meu jesus! Você aí, que presta um serviço seja ele qual for, presta bem a atenção, VOCÊ NÃO ESTÁ FAZENDO UM FAVOR A PARTIR DO MOMENTO QUE A PESSOA ESTÁ PAGANDO! Qual é a parte do PRESTAR UM SERVIÇO que você ainda não entendeu?! Então deixa seus problemas em casa, deixa sua birra, a briga com a esposa, a nota baixa do filho, a raiva da Dilma EM CASA e NÃO desconta em seus clientes!

Como é horrível se sentir incomodando por estar sentado no banco de trás de um carro ou por ter entrado na loja no horário que a pessoa queria descansar. Por mais inteligência emocional profissional.

Era só isso.

Obrigada. De nada.

O estado do Natal

Não seria eu se não voltasse a escrever ao som de Rachael Yamagata, não é mesmo?! (éééééé) Porque toda Aline Vilela tem um lado blé, meio deprê, que dá vontade de escrever quando bate aquela coisa que ninguém consegue explicar nem entender, mas a gente sabe o que é.

OK, se você é novo aqui, eu indico não fazer muito esforço pra entender coisas que nem eu entendo direito. Não tem muita programação, aqui não tem regras, e pode ter muitos erros ortográficos – ainda sinto aquele ódio profundo por quem deu a ideia de tirar o ‘ da ideia.

Bom, e depois te tanto tempo sem vir aqui, hoje me pego em um daqueles dias que eu precisava escrever. Pra mim mesmo, porque só pensar te traz uma agonia que nem nos meus dias mais tristes aguento.
Sim! Eu sou a pessoa mais positiva do mundo, muitas vezes, e conhecida por muitos por essa qualidade! Iei! Eu adoro ser assim, mas existe um motivo por trás disso tudo! Vai, de nada saberia o que é transmitir felicidade e pensamentos PRA CIMA se eu não soubesse o que se passa do outro lado.

A felicidade, pra mim, sempre foi um estado imaginário. Você só está feliz porque conhece o outro lado. Já passei por longos anos da minha infância/adolescência reclamando das coisas que eu não gostava e que não estavam como eu queria sem fazer nada, até o dia que eu descobri que eu sou a única responsável por quem eu sou, pelas minhas decisões, pelas consequências dos meus atos, e descobri como mudar tudo. Talvez essa seja a descoberta mais importante da minha vida, o que eu considero como o amadurecimento, eu me tornando independente.

Eu tenho vivido os melhores anos da minha vida. Tanta coisa acontecendo, o amor da minha vida vivendo comigo, o trabalho prosperando, a família nos eixos, os melhores amigos por perto – mesmo que não fisicamente – e sendo grata por tudo que tem acontecido. Eis que vem o final do ano pra me lembrar de que nem tudo é perfeito.

É óbvio que eu, sozinha, não consigo mudar o mundo. Posso começar, ser uma faísca, mas sozinha não consigo (e que bom!). É um pouco frustrante ver uma coisa errada e não conseguir mudar aquilo imediatamente, ou fazer alguém pensar de forma diferente. Requer paciência, tolerância, e sou humana...
Ao mesmo tempo que tenho estado feliz, tenho me visto um pouco intolerante. Pessoas sem paciência me deixam sem paciência. É um ciclo vicioso que tenho tentado bloquear pra não deixar a bola rolar a partir de mim, e isso desgasta. Receber críticas, muitas vezes não construtivas, receber notícias inesperadas, perceber comportamentos decepcionantes de pessoas que se estima... Isso tudo vem como uma bola de fogo (porque se fosse de neve tava bom!) que bate e queima e dói e deixa marcas.
Ai entra aquela máxima: não é o que acontece com você, é o que você faz com o que acontece com você. Por isso, ao mesmo tempo que isso me deixa pra baixo, sei que será exatamente isso que me trará forças. Motivos pra que eu continue cultivando esse estado imaginário que pode inspirar pessoas, que ao ser tocado por pessoas do bem possa se espalhar como um bom exemplo, mesmo quando o mundo todo está sofrendo por N motivos, achando tudo ruim, colocando a culpa no vento e no ano.


Não é 2016, são as pessoas. São as escolhas. Sempre serão as escolhas. Que as pessoas reconhecessem sua responsabilidade em suas vidas, esse seria meu desejo ao Papai Noel. E por falar nele, ainda quero voltar a acreditar no Natal. Quero ter motivos pra decorar a casa, pra montar uma árvore bem bonita, me animar pra festa. É um pouco do que não depende só de mim, é um pouco do que eu não posso ser egoísta e ter 100% do controle e responsabilidade. É a parte que eu tenho que ceder, e é a parte de ser adulta e reconhecer que o que eu escrevi aqui há uns 10 anos não faz mais sentido. Hoje divido minha vida, e a ideia de ter um filho sozinha não existe mais. Dizem que é bobeira esse negócio de que “chega uma hora que a mulher sente vontade de ser mãe”, então eu tô muito boba. E só vejo essa salvação pro milagre do natal.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O que vale a pena bater bem forte.

Bate tão forte quando eu quero uma coisa, e bate tão forte quando vejo alguém desistindo de um sonho. Duas formas de pulsar, uma positiva e outra negativa, né?
Deve ser por isso que, ao se deparar com qualquer obstáculo que seja, muitos optam pelo mais fácil. Não sou mãe, mas já vi várias falando que não tem nada fácil nessa vida. “Minha filha, um dia você vai entender que tudo que vem fácil, vai fácil também!

E como tenho percebido que as pessoas esquecem muito rápido de seus sonhos... Aquele motivo ardente, quase desesperador que a fez tomar uma decisão, rapidinho acaba quando as coisas começam ser como elas simplesmente são.
Vocês já sabem que trabalho com o que amo, e nem sempre foi assim. Pra começar, eu nunca nem imaginava ter o trabalho que eu tenho hoje, quanto mais conseguir conquistar meus sonhos através dele.

Daí que eu meio que casei, também! Mudei com meu namorado – pausa romântica, com sorrisinho e coraçãozinho nos olhos – e também não foi fácil. E sabe, está dando certo porque nós vivemos FORA da nossa zona de conforto. Um cedendo ali, outro aqui, pra gente conviver da melhor forma – porque fácil mesmo, seria ter tudo do MEU jeito, e foda-se ele, mas que “casamento” seria esse, não é verdade?

Pensa comigo, aqui... Lembra daquela coisa que você tinha que fazer, que nunca tinha feito, pra conquistar o que você não tinha? Tem algo aí, certeza. Desde um 10 na prova ou sua CNH. Foi fácil? Certeza que não.

Também tenho percebido que a moda é reclamar. Ser feliz e jogar palavras de esperança pro universo agora é brega, coisa de quem não tem o que fazer. Agora, quanto mais você reclama, significa que você está incomodado e muito ocupado com tudo. Nem precisa necessariamente FAZER algo de fato pra resolver o que tanto atrapalha o humor, o importante é reclamar. E quando você pergunta pra uma pessoa dessas se ela quer ter uma vida melhor, ela diz que não, que está bom assim. Melhor ficar na mediocridade conhecida do que tentar o desconhecido.

Pra não falar outra coisa, eu vejo que as pessoas não estão pensando de modo inteligente. Elas perderam a fé nelas mesmas, no mundo, no “Brasil que não tem jeito”. Tá mais fácil colocar a culpa nos outros, seja lá quem for, do que olhar pra si mesmo. E isso faz o pulsante desparar de desespero, alertando que é hora de fazê-lo bater mais forte ainda mas por uma boa causa, por pessoas que enxergam um mundo e uma vida positiva.


Afinal, ninguém está aqui nesse mundo pra viver sozinho, e sinto que minha missão é ajudar as pessoas de alguma forma, porque esse é um mundo feito de pessoas, e não de coisas. Se é pra conviver, que seja com alegria. Eu preciso ser a brega que é toda positiva, com o coração batendo de alegria. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"Você PRECISA emagrecer pra casar" AHAN ¬¬

Eu brinco com meu namorado que precisamos emagrecer 20kg pro nosso casamento (e é uma brincadeira antiga, porque todos casamentos que vamos, falamos que precisamos emagrecer 10kg, e não mudamos uma agulha pra isso) mas nos amamos do jeitinho que somos.

Emagrecer está sim nos planos, mas eu ainda me assusto quando alguém me fala isso de forma muito séria.
Preciso? Preciso emagrecer pra casar? "Senão vai ficar muito feia entrando na igreja assim".
Tem alguma passagem da bíblia dizendo que é feio ser noiva e gorda? Aliás, eu disse que quero casar na igreja?
Até onde eu sei, existem coisas mais importantes do que ser magra, num casamento. (risos)
Ninguém perguntou, mas recentemente fiz uma bateria de exames e estou ótima. Recebi parabéns dos médicos e tudo mais.

Acho o máximo o mundo fitness. Mesmo. Houve um tempo que eu ia pra academia todos os dias e saboneteiras eram motivos de piadas no colégio, assim como a covinha na barriga. Há dois anos eu participava de uma turma de corrida. Era ótimo, eu batia 10k em pouco mais que uma hora. Emagreci bastante. Hoje minhas prioridades mudaram um pouquinho e eu não tenho mais o tempo que tinha pra fazer exercícios - e dieta eu nunca fiz. Porque não é de Deus ter que deixar de comer um chocolate a hora que eu quiser, entende? :) - Mas hoje eu digo: você não precisa emagrecer pra casar, amiga. Se você está feliz do jeito que está, ótimo. Seu namorado(a) também gosta de você assim? Então melhor ainda. Emagreça se quiser, e não porque alguém disse que você "PRECISA".

E se te incomodarem com esse assunto, segue minha sugestão: "Ah, deve ficar feio mesmo, né? Entrar na igreja desse jeito...por isso eu nem vou te convidar, pra você não ter que me ver assim."

Um video aqui, indicação da minha amiga Camila do Bem



segunda-feira, 27 de julho de 2015

A pessoa mais importante da sua vida.

É claro que ao longo da sua vida milhões de pessoas vão passar por você e como o clichê já diz, muitas passarão, e outras ficarão para sempre. Mas a verdade é que todas te ensinarão algo, sem exceção.

Pode ser que você fique triste com aquele amigo que você prometeu ser o padrinho do seu casamento enquanto eram amigos no colégio, e depois ele sumiu. Pode ser que vocês tenham brigado e nunca mais se falaram. Ou até mesmo, aquela menina que você encontrou numa festa e que fofocaram sobre qualquer coisa e depois nunca mais tiveram contato. Para pra pensar; eles te ensinaram alguma coisa.

Desde quando comecei observar as coisas dessa maneira entendi que praticar aquela máxima que eu lia sempre nos manuais da empresa que trabalho, onde Mary Kay Ash dizia que todo mundo tem uma plaquinha invisível escrita “faça-me sentir importante” é a coisa mais inteligente que eu poderia fazer, simplesmente porque a pessoa mais importante da minha vida, sou eu.

Sim, eu. É, você que tá lendo. Parece egoísmo, mas se você pensar dessa forma e se valorizar ao ponto de fazer com que todos, sem exceção, que passam em sua vida sejam tradados da melhor forma possível, e que você consiga ensinar algo e aprender algo com eles já que é o seu tempo e a sua vida o que mais há de importante pra você, não será mais uma coisa egoísta.

Parece óbvio, mas uma das coisas que aprendi nesses 29 anos (é, me dá parabéns ai, porque eu fiz aniversário esses dias J ) é que o óbvio não é óbvio.
Observo diariamente pessoas que não se valorizam. Uma atendente de supermercado que não dá bom dia, nem sequer finge que está feliz por estar ali. Certamente, a pessoa mais importante na vida dela não é ela. Se fosse, ela não estaria se comportando daquela forma. Alguém que se irrita no trânsito, porque fulano não deu passagem, ou o outro entrou sem dar seta. Como se ficar irritado com um carro que não está te ouvindo vai fazer aquele momento que já passou, mudar. Essa pessoa, mais ainda, não entende que ela é a pessoa mais importante pra ela. Entendendo, ela guardaria as energias pra algo útil, que fizesse diferença na vida dela, mesmo.

Talvez, essas pessoas não saibam dizer “não” quando querem ou precisam. Ou têm vergonha de dizer “sim”, e prefere o ´imagina, obrigada´ porque é “mais educado”

Quando você trabalha por exemplo, pensando em enriquecer, pra qualquer que seja o objetivo, você não está sendo egoísta. Ninguém trabalha para si, exclusivamente. Você trabalha com ou para pessoas, e com um pensamento grande de expandir seu negócio, sua loja, serviço, enfim, você irá gerar mais empregos, facilitará a vida de pessoas que usufruirão do seu trabalho e a cadeia não para. Você cresce, e as pessoas em sua volta crescem com você.


Entenda quem você é, defina seu papel nessa vida. Todo mundo quer ser amado, e você só vai conseguir isso se der o máximo do seu amor, por você. As pessoas te observarão de outra forma, e esse amor vai voltar pra você.

domingo, 12 de abril de 2015

A metadinha da vida


“Vou fazer, mas só se der. Se não der, não tem problema.”
“Vou tentar. Tentar, né, não sei se vai dar.”
“Queria ir, mas aí fiquei em casa.”
“Meu sonho é fazer 2 viagens por ano, mas aí vão aparecendo outras coisas e não consigo.”

Já parou pra pensar como a gente se sabota?

Inconscientemente damos desculpas pra alguma coisa que dizemos querer fazer. Na verdade não é algo que realmente queríamos, porque quando é, faça chuva ou faça sol, a gente dá um jeito. Esse descomprometimento é o que nos torna medíocre. Fazer metadinha das coisas. É fazer “nas coxas”.
Sucesso é você completar o que quis fazer, não importa o quê. Não tem a ver com dinheiro, ou posição social. É simplesmente fazer o que você se propôs. É fácil? Não. Descobrir o que você ama e seu objetivo ano após ano e seu propósito de vida leva um tempo de reflexão e conhecimento de si mesmo.

Viver deixando a vida te levar é viver pela metade. É só existir e deixar que as circunstâncias ditem seus dias. Ir contra isso é o que te faz diferente, único. Que tal parar de se iludir, parar de mentir pra si mesmo e seguir o que seu coração manda?


Esse texto vai pro meu cartaz de metas pessoais. Não viver pela metade é uma das metas meta da vida. Indico, viu.

"Não é possível ser bom pela metade"
Leon Tolstoi


terça-feira, 7 de abril de 2015

Apenas entenda

É preciso entender que o processo de decisão, seja pro que for, precisa de responsabilidade e compromisso com você mesmo. Escolheu o que quer fazer, o que falar, pra onde ir nas férias, o que conquistar no ano novo? Então faça essa sua missão, cumpra com sua palavra. É claro que imprevistos e dificuldades aparecerão durante o caminho. Entenda que você precisa lembrar o seu motivo! O motivo que o levou a tomar aquela atitude.

Entenda que isso de “sorte” não existe. Nesses 11 anos de vida profissional eu descobri que trabalhar dá uma sorte... Descobri, sobre relacionamentos, que não são os homens que não prestam ou que eu tinha “azar” pra namorado. Na verdade, eu estava mais preocupada em não ficar sozinha –por pura pressão sem sentido da minha parte e das pessoas ao meu redor- do que estar com alguém que realmente me completasse e que eu queria estar.

Entenda que não é porque você fez três faculdades, duas pós-graduações e um MBA que você vai entrar em uma empresa e ganhar o quanto acha que merece e ter a vida que sempre sonhou esses anos todos. Também não é porque você não terminou os estudos que não haverão oportunidades pra que você melhore de vida.


A vida é feita de escolhas. Sempre disse isso aqui. Fique atento às portas que se abrem todos os dias. Muitas vezes pedimos um sinal, uma luz, um novo amor, um motivo pra sorrir e não nos damos conta de que estava ali, na nossa frente, o tempo todo. E por último, não tente entender porquê isso acontece com a gente. Viva, e dê seu melhor! Passa tudo tão rápido e cada dia é um presente de Deus pra que a gente aprenda algo novo todo dia. No final, o que vai importar é quem você decidiu ser.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Estavam todos certos

Passa, sabe?
Passa aquela vontade de sair loucamente como se não houvesse o amanhã. Beber religiosamente - e a gente entende que é um termo bem idiota - todo final de semana. De curtir a noite como se fosse a última. De se arrumar pros outros, e não pra você mesma.
Aquela insegurança, de saber se você vai ou não ser bem sucedida, ou se vão te aceitar do jeito que você é, ou se vai cumprir sua "promessa" de casar antes dos 30? Passa também.
Bom, eu não sou uma pessoa consumista, então não vou te dizer que a vontade de comprar 10 pares de sapatos vai passar, mas creio que vai diminuir.

Passa, mas não é ruim. Sua vida vai tomando rumo, você entende que as responsabilidades aumentaram porque você amadureceu e entende, principalmente, que isso não significa estar velha e chata. Esse pensamento também passa.

A gente cresce escutando nossas tias dizendo "nossa, sou tia, credo" ou "nossa, já vou fazer 30! TRINTA? Afff" e internalizamos isso como algo ruim. Ah, passa! Passa porque você entende que ser tia é uma delícia. Agradece, aliás, por não ter casado com aquele ex-namorado que você tinha "certeza absoluta" que ele era a razão, a verdade e a vida.

Aquela raivinha que você tinha da amiga da quarta-serie que te chamou de gorda e todo mundo riu, passa. Aliás, passa o trauma de todo bulling que você sofreu na escola.
Aquele medo de tentar coisas novas, de ser influenciada pelo que as pessoas gostariam que você fizesse, deixando isso passar por cima do que você quer ser ou fazer, também.

Se ainda não passou, vai passar. Faz passar, dá uma acelerada. Corre que vale a pena. Vai perceber que é verdade o que diziam anos atrás.

Passa até aquela vontade de ser do contra e de ser ouvida. Dá preguiça chamar atenção de quem, na verdade, nem se importa com sua opinião. Já disse aqui uma vez: concorda pra ser feliz. Vai saber quando argumentar sobre e com quem vale a pena.

É uma liberdade que não tem preço. E depois? Outras preocupações, outros medos, outros desafios que eu tô descobrindo, ainda. Mas o legal é que vai passar. Essa é a graça!

domingo, 25 de agosto de 2013

Só um minutinho


“Tenho” que ser linda, simpática, magra, gostosa, bem sucedida, independente, carinhosa, compromissada, casual, sexy e exclusiva. Também “preciso” falar de futebol, maquiagem, economia, Leminski e Veríssimo. “Devo” me vestir bem, estar com o cabelo sempre arrumadíssimo, andar de salto alto. Não falar alto, não gesticular demais.
Medir as palavras, não falar demais. Escutar, entender, concordar e, se for pra discordar, que não seja uma opinião totalmente diferente; não decepcionar, não argumentar meu ponto de vista com muita veemência pra não parecer chata ou dar a ideia que estou querendo convencer de que a minha opinião é a verdade absoluta. Belo ponto, aliás: pensar sempre no que o outro pensa sobre os meus pensamentos.

Fala pra mim o que é essa necessidade, essa projeção. Essa espera pela perfeição. Essa contestação de tudo se nem sabe o que realmente quer pra si.
Mas tem horas que eu só preciso não ser nada, por ninguém, só pra mim, só um minutinho.

Não, olhando por mais de meia hora pra esse texto que escrevi em 2 minutos, preciso de bem mais que um minutinho.

Aline Vilela. 26/08/13

02:37.