domingo, 25 de agosto de 2013

Só um minutinho


“Tenho” que ser linda, simpática, magra, gostosa, bem sucedida, independente, carinhosa, compromissada, casual, sexy e exclusiva. Também “preciso” falar de futebol, maquiagem, economia, Leminski e Veríssimo. “Devo” me vestir bem, estar com o cabelo sempre arrumadíssimo, andar de salto alto. Não falar alto, não gesticular demais.
Medir as palavras, não falar demais. Escutar, entender, concordar e, se for pra discordar, que não seja uma opinião totalmente diferente; não decepcionar, não argumentar meu ponto de vista com muita veemência pra não parecer chata ou dar a ideia que estou querendo convencer de que a minha opinião é a verdade absoluta. Belo ponto, aliás: pensar sempre no que o outro pensa sobre os meus pensamentos.

Fala pra mim o que é essa necessidade, essa projeção. Essa espera pela perfeição. Essa contestação de tudo se nem sabe o que realmente quer pra si.
Mas tem horas que eu só preciso não ser nada, por ninguém, só pra mim, só um minutinho.

Não, olhando por mais de meia hora pra esse texto que escrevi em 2 minutos, preciso de bem mais que um minutinho.

Aline Vilela. 26/08/13

02:37.

domingo, 10 de março de 2013

Mas o quê eu não sei mais.


5 meses sumida do blog. Muitas coisas aconteceram, sonhos se realizaram, paixões vieram e se foram, mas no geral eu continuo a mesma.

Conheci uma pessoa sensacional, a Carol, e hoje moro em São Paulo com ela. Tudo bem mais perto, agora. A vida tem se resumido em trabalho, faculdade, academia – sim, eu saí da vida sedentária! –, amigos e planos pra aproveitar a vida. Viagens para lugares que não conheço ainda, principalmente.
Aprendi bastante coisa. Ter paciências com o que eu sei que não vai mudar, foi uma delas. Let it be, no pulso direito, pra não esquecer disso, sempre.

Deixar pra trás o que me faz mal, e mesmo que isso envolva pessoas. Pode parecer bem egoísta, mas escolhi por deixar participar da minha vida quem tem os mesmos princípios que eu. A gente se decepciona, muitas vezes, e tem hora que dá pra deixar pra lá, tem hora que é melhor deixar de vez, mesmo.
Aprendi que preciso desconfiar MUITO quando tudo tá muito fácil.

Mas acho que o maior aprendizado é que tem coisas que eu realmente não quero aprender. Eu sei dos riscos, das consequências, e vou lá. Atravesso a ponte, mas não corto a corda. Eu não me iludo, me iludo mesmo. Como vou fazer pra parar com essa patifaria? Esse auto bullying? Eu-não-sei. Dizem que reconhecer um erro é o primeiro passo pra não errar mais. Já tô nesse primeiro passo, agora só falta ser mais forte.

O que eu sinto continua fazendo sentido só pro pulsante. Não consigo colocar em palavras. As atitudes, muitas vezes, são tão ridículas que o meu lado racional quase não acredita das minhas capacidades de fazer-falar-escrever merda. Talvez seja mesmo algo pra evoluir... Isso que eu não sei definir bem, mesmo pensando sobre isso durante toda tarde.
“Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê eu não sei mais.”

Voltarei com os posts engraçados, os que só eu entendo, e todo o resto :) .