Bate tão forte quando eu quero uma coisa, e bate tão forte
quando vejo alguém desistindo de um sonho. Duas formas de pulsar, uma positiva
e outra negativa, né?
Deve ser por isso que, ao se deparar com qualquer obstáculo
que seja, muitos optam pelo mais fácil. Não sou mãe, mas já vi várias falando
que não tem nada fácil nessa vida. “Minha filha, um dia você vai entender que
tudo que vem fácil, vai fácil também!
E como tenho percebido que as pessoas esquecem muito rápido
de seus sonhos... Aquele motivo ardente, quase desesperador que a fez tomar uma
decisão, rapidinho acaba quando as coisas começam ser como elas simplesmente
são.
Vocês já sabem que trabalho com o que amo, e nem sempre foi
assim. Pra começar, eu nunca nem imaginava ter o trabalho que eu tenho hoje,
quanto mais conseguir conquistar meus sonhos através dele.
Daí que eu meio que casei, também! Mudei com meu namorado –
pausa romântica, com sorrisinho e coraçãozinho nos olhos – e também não foi
fácil. E sabe, está dando certo porque nós vivemos FORA da nossa zona de
conforto. Um cedendo ali, outro aqui, pra gente conviver da melhor forma –
porque fácil mesmo, seria ter tudo do MEU jeito, e foda-se ele, mas que “casamento”
seria esse, não é verdade?
Pensa comigo, aqui... Lembra daquela coisa que você tinha
que fazer, que nunca tinha feito, pra conquistar o que você não tinha? Tem algo
aí, certeza. Desde um 10 na prova ou sua CNH. Foi fácil? Certeza que não.
Também tenho percebido que a moda é reclamar. Ser feliz e
jogar palavras de esperança pro universo agora é brega, coisa de quem não tem o
que fazer. Agora, quanto mais você reclama, significa que você está incomodado
e muito ocupado com tudo. Nem precisa necessariamente FAZER algo de fato pra
resolver o que tanto atrapalha o humor, o importante é reclamar. E quando você
pergunta pra uma pessoa dessas se ela quer ter uma vida melhor, ela diz que
não, que está bom assim. Melhor ficar na mediocridade conhecida do que tentar o
desconhecido.
Pra não falar outra coisa, eu vejo que as pessoas não estão
pensando de modo inteligente. Elas perderam a fé nelas mesmas, no mundo, no “Brasil
que não tem jeito”. Tá mais fácil colocar a culpa nos outros, seja lá quem for,
do que olhar pra si mesmo. E isso faz o pulsante desparar de desespero,
alertando que é hora de fazê-lo bater mais forte ainda mas por uma boa causa,
por pessoas que enxergam um mundo e uma vida positiva.
Afinal, ninguém está aqui nesse mundo pra viver sozinho, e
sinto que minha missão é ajudar as pessoas de alguma forma, porque esse é um
mundo feito de pessoas, e não de coisas. Se é pra conviver, que seja com
alegria. Eu preciso ser a brega que é toda positiva, com o coração batendo de
alegria.