segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Parece

A verdade é que eu odeio saber que sou parecida com alguém. Até fisicamente. Odeio sofrer expectativas baseadas no que as pessoas acham que eu posso ser. Odeio ver que sou parecida com alguém que, sabe Deus, eu não gosto, ou supostamente não deveria gostar. Eu acabo me cobrando demais, e ao mesmo tempo esquecendo de mim. É complexo, né? Não seria eu, se não fosse.

Por outro lado, eu odeio ter dúvidas. (E eu passo a perceber que eu odeio muita coisa...) Será que as pessoas gostam de mim ou gostam do que eu pareço ser ou do que elas acham que eu posso ser? Não sou insegura. Eu gosto de mim assim, desse meu jeitinho, e procuro acertar os pontos do que vejo que preciso melhorar, mas é esse olhar pra cima e perguntar “até quando” que me mata.

Até quando eu vou conseguir aceitar as coisas como são? Até quando não vou me importar e não esperar que algo dê certo pra mim e só deixar as coisas acontecerem? Eu tenho feito isso, eu tento ver tudo pelo lado positivo mas ó, cansa, viu? Em todos os aspectos.

Não tenho mais 15 anos, mas o meu único medo na vida continua o mesmo. Talvez ter amadurecido cedo demais não tenha sido tão bom assim quanto parece. As pessoas têm medo disso. Dia após dia vejo que ninguém quer isso pra si, e as que dizem que querem, não agem como tal.

E aí eu sou parecida com fulano, sou como outro sei lá quem. Não, eu não sou. No meu mundo não existe lugar pra uma Paper Doll, parafraseando Rachael Yamagata. E até onde isso é bom? Perspectiva, eu também te odeio.


That's fine
That's good
That's nice

I understand the price
The cost of craving dark
instead of light
I flip a coin to see if you still care tonight

Nenhum comentário: